segunda-feira, 5 de abril de 2010

22

Eu a vi crescer...
lembro-me que quando criança ela gostava de ir ao bosque próximo a sua casa e de usar roupas iguais as da irmã mais velha, pois gostava de pensar que todos achavam que eram gêmeas.
Gostava de andar de moto com seu pai e de assisitr Glub-Glub.
Com 8 anos ela deu o primeiro beijo e acreditem não foi um selinho, foi beijo mesmo!
Alguns meses depois este "sortudo" responsável por tal feito a pediu em "casamento", mas logicamente ela não aceitou. Ele não foi seu 1° amor.
Com 11 anos ela finalmente se apaixonou, sim, seu "primeiro amor", ele era exatamente como ela esperava ( pelo menos naquela época)...loiro, olhos claros, divertido, inteligente, e se não bastasse, era rico e ia na mesma igreja que ela (aí sim hein!), e assim ela gostou dele por um bom tempo sem que ele soubesse, possivelmente ele desconfiasse, mas ela jamais disse uma só palavra que pudesse confirmar tal suspeita.
E em meio a toda essa explosão de sentimento ela planejou que aos 22 anos se casaria com ele.
Porém um ano se passou e ele precisou voltar para a cidade onde morava, um lugar tão, tão distante e ela nunca mais o viu.
E com esse acontecimento ela passou a desenvolver sua criatividade para ocupar seus pensamentos e passou a se apaixonar pela poesia.
Até seus 14 anos ela era a mais "boba", mais tímida e uma das mais "nerd's" da turma, mas perto de encerrar o 1° colegial, ela beijou o menino mais popular da escola e assim alguns desses adjetivos foram deixando de fazer parte dela.
Aos 15 anos então mudou de escola e aí sim tudo foi diferente, ela reencontrou amigos e fez novas amizades com algumas meninas nada tímidas, e estas puderam ajudá-la a se "soltar".
Nessa mesma época ela decidiu o que desejava ser quando crescer...Veterinária, e pela primeira vez teve um melhor amigo homem, por quem ela se apaixonou um ano depois.
Assim que começara o ultimo ano do 2° colegial ela firmou grandes amizades, estas que durariam muito além daqueles muros da escola.
Assim que concluiu o colegial, decidiu abrir mão dessas coisas do coração por um tempo indeterminado. No ano seguinte arriscou fazer um curso tecnico e em menos de 6 meses ela descobriu que detestava telecomunicações e então se apaixonara pela fotografia.
E no próximo ano ela estava disposta a iniciar a faculdade de fotografia, porém sua mãe insistia na idéia de que ela deveria estudar medicina veterinária e então lá se foi mais um ano...
Começou a faculdade para agradar sua mãe, tirou sua carteira de habilitação alguns meses depois e ao fim desse ano, infeliz e insatisfeita abandou a Veterinária.
E finalmente com 20 anos ela iniciou a faculdade de fotografia, foram 2 anos aprendendo o que realmente queria, sem contar que foram 2 anos de brigas, risos e cumplicidade em meio as outras 3 amigas que conquistou neste período.
Com 21 anos concluiu com sucesso essa fase e se tornou oficialmente uma fotógrafa.
E enfim se aproximando aos 22 anos ela começou a lançar ao chão alguns de seu conceitos e suas espectativas, errou em algumas coisas, deixou de demonstrar amor, se colocou a julgamento para algumas pessoas, deixou de compreender suas próprias atitudes, mas ainda assim foi amada.
Teve a certeza de que amigos de verdade foram conquistados em meio a estes anos e que hora ou outra poderia errar em muitas coisas, e aprendeu que não são os numeros de anos de vida que tem que fazem dela criança ou adulta, mas sim suas atitudes.
Faço agora a separação e deixo de falar desta "criança", desta jovem e desta adulta que vi crescer para falar de tudo o que ela se tornou hoje...
Ela se tornou uma adulta em idade que por muitas vezes agiu como criança, uma adulta em idade que ainda erra, uma adulta em idade que destruiu suas próprias expectativas em algumas áreas, uma adulta que nao se casou com 22 anos como esperava e menos ainda tem contato com seu 1° amor, uma adulta em idade que desistiu da idéia de ser Veterinária para explorar novos ângulos e se tornar uma artista, uma adulta em idade que sente o amor mas que continua não sabendo expressá-lo, uma adulta em idade que por muitas vezes quer ser criança, quer ser adolescente, quer ser amada...
Mas que acima de tudo é um pouco de tudo, depende de como a veêm, pode ser chata, legal, divertida, sem graça, infantil, imatura, inteligente, ignorante, linda, brega, sem sucesso...
E em meio a tudo isso ainda é feliz!

6 comentários:

Talita disse...

nooooossa, q profundo...
gostei do texto
bjus

Digital ke@ves disse...

Texto interessante e também narra sua trajetória. Gostei! Só fiquei na duvida quem era o riquinho! hahaha

ღPαuℓiинαღ Olivєiяαღ disse...

Adorei o texto amiga..Esta é VOCÊ!
Te amo...
SAUDADES!

Lucas Lyra disse...

Sua vida toda ai! Que legal!! Felicidade no fim é o que há! Parabéns, Vivi! =)

Anônimo disse...

Estou esperando o "44"...

Anônimo disse...

E se Deus permitir o "88"