quarta-feira, 28 de abril de 2010

Apenas um pedido

Em meio a estrada enquanto voltava para casa
depois de passar um tempo deitada embaixo das estrelas,
eu a vi passar rapidamente como um grande e rapido flash de luz...
Eis que foi a primeira vez que vi uma delas, por várias vezes ouvi falar sobre suas aparições,
porém nunca tive o prazer de presenciar um dos raros e íncriveis momentos em que
elas se aproximam...
Mas naquela madrugada finalmente eu a vi atravessar o céu com sua beleza e brilho únicos...
Foi estranhamente emocionante, tanto que apenas me atentei para não perder nada
me contorci dentro do carro, tentando ver algum rastro de luz no céu que ela viera a deixar.
Me esqueci até mesmo daquele velho mito de que é possível fazer um pedido á esta...
E se eu realmente pudesse fazer um pedido aquela estrela? um pedido que certamente se realizaria, o que eu viria a pedir???
O meu pedido seria...voltar no tempo e fazer diferente.
Era exatamente isso que eu pediria, e não seria necessario que este "tempo" que eu desejaria voltar fosse muito longo, não seriam anos, seriam apenas alguns dias.
Pudera eu voltar aquela noite em que se ouviu e viu a queima de fogos de artificios que coloriram o céu dos primeiros minutos de um novo ano.
Se assim pudesse voltar aquela noite, eu poderia fazer valer cada um dos objetivos que eu ansiava alcançar, e até mesmo desejos que meu coração já tinham a longa data...
Se eu pudesse fazer tudo de novo, impediria a morte de alguns de meus anseios que já estão mortos, anularia erros cometidos, momentos em que fiquei em silencio nos quais eu deveria ter dito algo, ou momentos em que eu disse algo quando na verdade deveria ter ficado em silêncio, teria dito não quando disse um sim sem querer, teria abraçado e expressado amor em momentos em que tais gestos eram tão necessários, teria me tornado presente nos momentos únicos em que me permiti estar ausente...
Por várias vezes ouvi dizer que os erros são uma forma de aprendizado...
Queria eu aprender algumas coisas de outras formas, não com erros.
Erros nos corroem, nos incomodam, tomam conta de nossos pensamentos e alguns nos acompanham como uma sombra durante muito tempo.
Mas não posso mudar nada, cada um destes momentos já foram vividos ainda que dá forma errada.
Permanecerei com uma pergunta que insiste em não se calar dentro de mim:
Teria eu me tornado a pessoa que sou se não tivesse errado como errei ?

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Amor e Odio

Definitivamente descobri que nunca nos conheceremos de verdade.
São situações adversas que fazem com que venhamos a ter determinadas atitudes.
Ultimamente tenho sido surpreendida a ver pessoas que eu achei conhecer
me deixar boqueaberta ao vê-las agirem de forma totalmente contraria do que
a esperada.
Certa vez alguém me disse que somente dois sentimentos Têm o poder de nos
Mudar ainda que por alguns momentos, são estes o amor e o ódio.
E Parando pra analisar tal ponto de vista fui levada a simplesmente concordar...
Como é possível tais sentimentos nos encorajar, nos dar tanta ousadia, nos fazer perder
o rumo, pereder o chão, abrir mão de nossos próprios conceitos???
Confesso que felizmente ou infelizmente ainda não tive a sensação de ser tão tomada por
tais sentimentos...ainda não me tornei tão corajosa, tão ousada ou tão contrária ao que
costumo ser por conta destes, mas enquanto isso não acontece, posso em silencio ou com
grandes gritos de possivel consolação confortar aqueles que posso apenas observar sendo tão transformados...

(em construçao)

segunda-feira, 5 de abril de 2010

22

Eu a vi crescer...
lembro-me que quando criança ela gostava de ir ao bosque próximo a sua casa e de usar roupas iguais as da irmã mais velha, pois gostava de pensar que todos achavam que eram gêmeas.
Gostava de andar de moto com seu pai e de assisitr Glub-Glub.
Com 8 anos ela deu o primeiro beijo e acreditem não foi um selinho, foi beijo mesmo!
Alguns meses depois este "sortudo" responsável por tal feito a pediu em "casamento", mas logicamente ela não aceitou. Ele não foi seu 1° amor.
Com 11 anos ela finalmente se apaixonou, sim, seu "primeiro amor", ele era exatamente como ela esperava ( pelo menos naquela época)...loiro, olhos claros, divertido, inteligente, e se não bastasse, era rico e ia na mesma igreja que ela (aí sim hein!), e assim ela gostou dele por um bom tempo sem que ele soubesse, possivelmente ele desconfiasse, mas ela jamais disse uma só palavra que pudesse confirmar tal suspeita.
E em meio a toda essa explosão de sentimento ela planejou que aos 22 anos se casaria com ele.
Porém um ano se passou e ele precisou voltar para a cidade onde morava, um lugar tão, tão distante e ela nunca mais o viu.
E com esse acontecimento ela passou a desenvolver sua criatividade para ocupar seus pensamentos e passou a se apaixonar pela poesia.
Até seus 14 anos ela era a mais "boba", mais tímida e uma das mais "nerd's" da turma, mas perto de encerrar o 1° colegial, ela beijou o menino mais popular da escola e assim alguns desses adjetivos foram deixando de fazer parte dela.
Aos 15 anos então mudou de escola e aí sim tudo foi diferente, ela reencontrou amigos e fez novas amizades com algumas meninas nada tímidas, e estas puderam ajudá-la a se "soltar".
Nessa mesma época ela decidiu o que desejava ser quando crescer...Veterinária, e pela primeira vez teve um melhor amigo homem, por quem ela se apaixonou um ano depois.
Assim que começara o ultimo ano do 2° colegial ela firmou grandes amizades, estas que durariam muito além daqueles muros da escola.
Assim que concluiu o colegial, decidiu abrir mão dessas coisas do coração por um tempo indeterminado. No ano seguinte arriscou fazer um curso tecnico e em menos de 6 meses ela descobriu que detestava telecomunicações e então se apaixonara pela fotografia.
E no próximo ano ela estava disposta a iniciar a faculdade de fotografia, porém sua mãe insistia na idéia de que ela deveria estudar medicina veterinária e então lá se foi mais um ano...
Começou a faculdade para agradar sua mãe, tirou sua carteira de habilitação alguns meses depois e ao fim desse ano, infeliz e insatisfeita abandou a Veterinária.
E finalmente com 20 anos ela iniciou a faculdade de fotografia, foram 2 anos aprendendo o que realmente queria, sem contar que foram 2 anos de brigas, risos e cumplicidade em meio as outras 3 amigas que conquistou neste período.
Com 21 anos concluiu com sucesso essa fase e se tornou oficialmente uma fotógrafa.
E enfim se aproximando aos 22 anos ela começou a lançar ao chão alguns de seu conceitos e suas espectativas, errou em algumas coisas, deixou de demonstrar amor, se colocou a julgamento para algumas pessoas, deixou de compreender suas próprias atitudes, mas ainda assim foi amada.
Teve a certeza de que amigos de verdade foram conquistados em meio a estes anos e que hora ou outra poderia errar em muitas coisas, e aprendeu que não são os numeros de anos de vida que tem que fazem dela criança ou adulta, mas sim suas atitudes.
Faço agora a separação e deixo de falar desta "criança", desta jovem e desta adulta que vi crescer para falar de tudo o que ela se tornou hoje...
Ela se tornou uma adulta em idade que por muitas vezes agiu como criança, uma adulta em idade que ainda erra, uma adulta em idade que destruiu suas próprias expectativas em algumas áreas, uma adulta que nao se casou com 22 anos como esperava e menos ainda tem contato com seu 1° amor, uma adulta em idade que desistiu da idéia de ser Veterinária para explorar novos ângulos e se tornar uma artista, uma adulta em idade que sente o amor mas que continua não sabendo expressá-lo, uma adulta em idade que por muitas vezes quer ser criança, quer ser adolescente, quer ser amada...
Mas que acima de tudo é um pouco de tudo, depende de como a veêm, pode ser chata, legal, divertida, sem graça, infantil, imatura, inteligente, ignorante, linda, brega, sem sucesso...
E em meio a tudo isso ainda é feliz!