quinta-feira, 25 de março de 2010

Um caminhos de recordações...


E eis que em um momento propício em que me vi cercada pelo silêncio
mantive-me estática, enquanto as lembranças invadiam minha mente...
Pude então reencontrar aquela menina que gostava de subir no muro
para ficar conversando com sua amiga que morava na casa ao lado.
Aquela menina que se contorcia toda para atravessar o portão de sua casa
através de um pequeno vão no qual o vidro já havia sido quebrado, só para
sentir a mínima sensação de liberdade.
Aquela menina que queria a atenção de seus amigos, porém era tímida demais
para consegui-la.
Logo depois reencontrei também uma pré- adolescente constantemente apaixonada
hora por um amigo, outrora por um desconhecido e algumas vezes até mesmo por
um cantor ou galã qualquer.
Depois de um tempo caminhando encontrei uma adolescente que também se apaixonava facilmente,
Porém diferente da outra garota, ela já não era tão tímida, isso porque encontrou em seu caminho algumas amigas um tanto "escândalosas" que a ajudaram com isso ainda que sem querer.
Uma adolescente que alguns anos depois começou a sentir o real desejo de amadurecer e abrir mão de algumas de suas atitudes, ela começara a entender o quão difícil e bom é se dispor a mudar.
Ainda seguindo por este estranho e interessante caminho de recordações, encontrei mais a frente uma jovem que prezava pela amizade, porém que tinha dificuldades para expressar o quanto amava as pessoas a sua volta tanto com atitudes como com palavras. Uma jovem que se espelhava nos erros de suas amigas para não cometer os mesmo no contexto de sua vida.
Conversando com ela soube que esta já havia deixado de conversar com alguns de seus amigos por motivos tolos e que por momentos de orgulho ela quase matou tais relações pra sempre.
Pude ver que ela gostava de observar tudo e todos ao seu redor e por muitas vezes simplesmente fingia não ver certas coisas que a machucavam por dentro.
Foi então que um barulho qualquer fez com que eu me afastasse desta.
E então voltei a encontrar-me sentada naquela cadeira com uma caneta quase sem tinta nas mãos e um caderno com poucas folhas em branco sobre a mesa aguardando para ser usado novamente.